Pesquisa

       

        Em virtude de trabalharmos com Doenças Crônicas Não Transmissíveis como Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus,  estamos desenvolvendo os seguintes projetos:

Perfil farmacoterapêutico de portadores de Hipertensão Arterial e/ou Diabetes Mellitus

Orientadora: Profª. Dra. Maria do Socorro Ramos de Queiroz.

Petianos envolvidos: Dayana Paulo Lacerda, Alana Rafaela Albuquerque Barros, Moema de Sousa Viana, Rayanne Sales de Araújo Batista, Brunno Ferreira Felix, Pedro Henrique Araújo da Silva.

      No Brasil, os medicamentos ocupam a primeira posição entre os causadores de intoxicações desde 1996. Entretanto, há carência quase absoluta de estudos independentes na área de utilização de medicamentos no país, além da omissão do poder público no tratamento da questão. Esse dado, além de preocupante no que se refere à necessidade de adoção de novas medidas que previnam os agravos à saúde da população, gera reflexos sobre os custos inerentes às ações desenvolvidas no Sistema Único de Saúde (SUS). Não basta apenas fazer uso do medicamento, mas utilizá-lo na posologia e dosagens adequadas.

      O farmacêutico poderá contribuir no controle da HAS e do DM através na Assistência Farmacêutica que consiste nas ações de seleção, gerenciamento do estoque, armazenamento correto e a dispensação dos medicamentos, e principalmente, na promoção da Atenção Farmacêutica que visa identificar os possíveis Resultados Negativos à Medimentos e buscar meios de junto ao paciente procurar solucioná-los resultando assim numa farmacoterapia adequada e no controle destes fatores de risco para as Doenças Cardiovasculares.

Avaliação de fatores de risco para doenças cardiovasculares

Orientador: Prof. Dr. Harley da Silva Alves (Docente colaborador).

Petianos envolvidos: Erislânio Vitor Guimarães Pereira, Felipe Oliveira Barbosa, Gustavo Pereira de Souto, Renata Alcântara Soares, Joanda Paolla Raimundo e Silva, William Henrique da Silva.

     As doenças cardiovasculares (DCV) revelam-se como a principal causa de morbimortalidade. No Brasil estima-se que elas sejam responsáveis por aproximadamente 20% dos óbitos em sujeitos a partir dos vinte anos de idade. Entre as DCV, destaca-se a doença arterial coronariana que  ocasiona 35% de mortalidade, sendo ocasionada por diversos Fatores de Risco (FR) que podem ser classifcados como modificáveis e não modificáveis. Os modifcáveis são dislipidemia, hipertensão arterial, tabagismo, diabetes mellitus (DM), obesidade, estresse. Diante disso este projeto busca a realização de um estudo com a fnalidade de identifcar tais FR nos hipertensos e diabéticos e orientá-los na realização de práticas de hábitos de vida saudáveis contribuindo, assim, para a redução destes fatores e, consequentemente, para uma longevidade mais saudável.

Avaliação da Síndrome metabólica em usuários da Estratégia Saúde da Família

Orientadora: Profª. Dra. Maria do Socorro Ramos de Queiroz.

Petiano envolvido: Edvaldo Balbino Alves Júnior.

        A Síndrome Metabólica corresponde a um conjunto de fatores de risco (FR) que predispõem o indivíduo a Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM2) e a Doença Cardiovascular (DCV). Entre esses FR estão GJ alterada, aumento da Pressão Arterial (PA), níveis de Triglicerídeos (TG) elevados, baixos níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL) e OC (ALBERTI et al., 2010). É considerado um problema tanto de saúde pública como individual, portanto, o portador precisa ser identificado, para que os seus FR, incluindo os relacionados ao estilo de vida, possam ser reduzidos.

      Quando não prevenida a SM aumenta a mortalidade geral em cerca de 1,5 vezes e a cardiovascular em cerca de 2,5 vezes mais (SBD, 2005). Por isso se faz necessário utilizar o tratamento farmacológico que consiste no uso de medicamentos visando reduzir complicações como Angina Pectoris, Acidente Vascular Cerebral, Infarto Agudo do Miocárdio e outras, que podem resultar em óbito para o portador. Também se faz necessária medidas não farmacológicas (prevenção primária) que consiste na adoção precoce por toda a população de estilos de vida relacionados à manutenção da saúde, como dieta adequada e prática regular de atividade física, preferencialmente desde a infância.

       Tendo conhecimento de que usuários hipertensos e/ou diabéticos apresentam FR que predispõe a SM, é preciso identificar a presença desta síndrome, pois assim norteará o trabalho de farmacoterapia, a realização de exames laboratoriais e a orientação de hábitos saudáveis que poderão reduzir o número de componentes a fim de manter uma vida longa e saudável. 

Influência da síndrome metabólica para doenças cardiovasculares em usuários da Estratégia Saúde da Família

Orientadora: Profª. Dra. Maria do Socorro Ramos de Queiroz.

Petiano envolvido: Sabrina Laís Alves Garcia.

        A concomitância de distúrbios metabólicos e hemodinâmicos, como hiperglicemia, hipertensão arterial sistêmica, obesidade abdominal (OA) e dislipidemia, definida por aumento da lipoproteína de baixa densidade (LDL), triglicerídeos (TG) elevados e redução da lipoproteína de elevada densidade (HDL), compõe a Síndrome Metabólica (SM). Assim, a SM é uma designação que não se refere a uma doença específica, mas a um conjunto de fatores de risco de origem metabólica, que têm tendência a se agruparem.

        Essa síndrome merece atenção especial em razão de suas complicações e pelo importante impacto na morbimortalidade, sendo a maior responsável por eventos cardiovasculares na população. Ela também esta associada ao maior risco de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV), em cerca de 2 vezes, e ao aumento estimado da mortalidade geral e cardiovascular, em cerca de 1,5 e 2,5 vezes, respectivamente, representando, desse modo, um serio problema de saúde publica da com relevantes repercussões na prática clinica.

        Tendo conhecimento que os pacientes cadastrados no programa de hipertensão e diabetes (HIPERDIA), são portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica e/ou Diabetes Mellitus e que tais doenças estão intimamente ligadas a SM, é de fundamental importância identificar os portadores desta síndrome, bem como realizar a estratificação do risco cardiovascular, para que a equipe de saúde possa orientar de forma eficaz a prática de estilo de vida eficaz que possa favorecer uma vida saudável, reduzindo assim as complicações cardiovasculares. 

Avaliação da automedicação em idosos da Estratégia Saúde da Família

Orientadora: Profª. Dra. Maria do Socorro Ramos de Queiroz.

Petianos envolvido: Anderson Fellyp Avelino Diniz.

        O envelhecimento populacional vem ocorrendo de forma acentuada em países em desenvolvimento como consequência do aumento da expectativa de vida, da redução da fecundidade e da mortalidade infantil. considerado um fenômeno mundial e configura como uns dos maiores desafios da saúde pública contemporânea.

        As pessoas idosas decorrente das perdas que ocorrem ao longo da vida, apresentam características específicas do ponto de vista fisiológico, psicológico e social, o que as tornam vulneráveis ao surgimento de doenças crônicas não transmissíveis (hipertensão arterial sistêmica, doenças osteoarticulares, diabetes mellitus, entre outras), que demandam acompanhamento contínuo, exames periódicos e tratamento medicamentoso de uso prolongado.

     Os medicamentos representam um dos itens mais importante à saúde do idoso e necessitam de atenção especial. A automedicação (utilização de medicamentos sem prescrição) é extremamente comum e se constitui como um importante fator de risco para a saúde dos idosos, devido às peculiaridades fisiológicas que representam essa população como alterações de massa corporal, diminuição da proporção de água, diminuição das taxas de excreção renal e do metabolismo hepático, as quais influenciam na eliminação do metabólico, no acúmulo de substâncias tóxicas no organismo e na produção de reações adversas.

      Considerando a importância que representa o uso de medicamento na população idosa, principalmente a prática da automedicação, o presente estudo tevecomo objetivo identificar a prevalência da automedicação, os fatores determinantes nesta prática, e os principais fármacos consumidos sem prescrição médica na população de idosos atendidos em Programa de Estratégia de Saúde da Família (ESF).

Avaliação e caracterização da anemia em usuários atendidos pela Estratégia Saúde da Família

Orientadora: Profª. Dra. Maria do Socorro Ramos de Queiroz.

Petiano envolvido: Diego de Sousa Barros.

      A anemia é definida como a diminuição da concentração de hemoglobina (Hb) circulante no sangue, sendo desencadeada por mecanismos fisiopatológicos diversos. A redução da concentração de Hb é considerada patológica quando apresenta valores abaixo de 12,0 g/dL para mulheres e de 13,0 g/dL para homens. Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) projetam que mais de dois bilhões de pessoas no mundo são anêmicas, porém nos idosos a anemia é o problema hematológico mais comumente encontrado, estando associada com o aumento do risco de e morbimortalidade, assim como na redução da qualidade de vida.

     O diagnóstico para caracterizar o tipo de anemia pode ser realizado com exames clínicos e laboratoriais através de indicadores hematológicos: Hb, Hematócrito (Hct) e He e de indicadores hematimétricos: Volume Corpuscular Médio (VCM), Hemoglobina Corpuscular Média (HCM), Concentração de Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM) e Amplitude de Distribuição dos Eritrócitos (RDW).

     Diante do exposto e tendo conhecimento de que a anemia pode ser um problema de saúde pública se faz necessário avaliar a presença de anemia em usuários atendidos pela Estratégia Saúde da Família (ESF) e relacioná-la às condições socioeconômicas e de saúde.

Plantas medicinais utilizadas por usuários cadastrador no HIPERDIA

Orientadora: Prof. Dr. Harley da Silva Alves (Docente colaborador) e Profª. Dra. Maria do Socorro Ramos de Queiroz.

Petiano envolvido: Débora Santos Dantas.

     A utilização de plantas medicinais no tratamento de várias doenças ocorre há milhares de anos. As antigas civilizações conheciam o poder medicinal de algumas plantas e as cultivavam, repassando os saberes a cada geração. Com o decorrer dos anos e o advento da medicina, este conhecimento passou a ser desvalorizado pelos profissionais de saúde, que começaram a enfocar o tratamento alopático. Porém, a ciência e as políticas de saúde estão buscando restabelecer o uso das plantas medicinais pela população.

     Por considerar a importância da utilização de plantas no cuidado à saúde pela população, o Ministério da Saúde (MS) regulamentou a Portaria nº 971 em 2006, que aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) no Sistema Único de Saúde (SUS), que indica vários tipos de terapias, dentre as quais o uso de plantas medicinais. Entre as Práticas Integrativas e Complementares no SUS, as plantas medicinais e a fitoterapia são as mais utilizadas no Sistema, principalmente na Atenção Primária à Saúde.

    Diante dessa busca cada vez mais frequente por tratamentos alternativos, de fácil acesso e baixo custo, principalmente por idosos, se faz necessário resgatar as informações populares sobre as plantas medicinais tradicionalmente utilizadas e realizar estudos que comprovem esse conhecimento, de forma que haja o retorno do “saber compartilhado” associado às orientações necessárias para evitar o uso indevido, garantir a segurança e proporcionar o aumento dos benefícios na utilização das plantas medicinais pelos usuários.

Avaliação do perfil lipídico em usuários da Estratégia Saúde da Família

Orientadora: Profª. Dra. Maria do Socorro Ramos de Queiroz.

Petiano envolvido: Hervesson Pereira Silva.

     As dislipidemias caracterizam-se por alterações no metabolismo dos lipídeos, as quais se definem por uma elevação na concentração de lipoproteínas aterogênicas (LDL-C) e de triglicerídeos (TGs), e uma diminuição nos níveis plasmáticos da lipoproteína de alta densidade (HDL-C). Podendo ser classificadas como primárias (genética, alterações neuroendócrinas e distúrbios metabólicos) ou secundárias (diabetes mellitus, alcoolismo, obesidade, sedentarismo, dieta desequilibrada.

        De acordo com a V Diretriz Brasileira Sobre Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, somente um marcador bioquímico alterado (LDL-C, TG, ou HDL-C) permite a classificação do indivíduo como dislipidêmico. No entanto, conforme a associação ou não dessas modificações nas concentrações séricas, pode-se definir os tipos existentes de dislipidemias. Caso haja somente a elevação do LDL-C (≥160 mg/dl), considera-se como hipercolesterolemia isolada. Se houver aumento isolado dos TGs (≥ 150 mg/dl), têm-se uma hipertrigliceridemia isolada. No entanto, se forem detectados valores elevados de LDL-C (≥ 160 mg/dl) e TGs (≥ 150 mg/dl), classifica-se como hiperlipidemia mista. E se apresentar uma redução do HDL-c (homens < 40 mg/dl e mulheres <50 mg/dl) isolada ou em associação ao aumento de LDL-C ou de TG, define-se como HDL-C baixo.

      Ao representar um problema de saúde pública, os casos de dislipidemias devem ser tratados através de programas de prevenção e de educação, sendo que a terapêutica desta doença deve iniciar com mudanças no estilo de vida, com hábitos alimentares saudáveis, manutenção ou aquisição de massa corporal adequada, exercícios físicos regulares, redução do tabagismo e bem estar emocional. Dentro deste contexto, é enfatizada a prática de exercícios físicos como fator essencial na prevenção e tratamento das dislipidemias.

    Sendo assim o presente trabalho tem como objetivo avaliar as dislipidemias em usuários da Estratégia Saúde da Família e desenvolver atividades de Educação e Saúde visando incentivar a adesão ao tratamento farmacológico e/ou não farmacológico para reduzir os FR das dislipidemias e consequentemente possíveis eventos cardiovasculares.

Avaliação do nível sérico do antígeno prostático específico (PSA) em usuários da Estratégia Saúde da Família

Orientadora: Profª. Dr.a Maria do Socorro Ramos de Queiroz.

Petiano envolvido: Layla Maria Neves dos Santos.

        O câncer de próstata (CA de próstata) é o sexto tipo de câncer mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total dos casos de câncer. Mais do que qualquer outro tipo, este é considerado a neoplasia da terceira idade, uma vez que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Os fatores de risco para CA de próstata são desconhecidos e inevitáveis. Porém, dois itens que apresentam certa concordância ao aumento do risco de desenvolvimento desse tipo de câncer são a idade e o histórico familiar.

        O antígeno prostático específico (PSA) é de grande utilidade clínica, pois pode ser empregado para detecção precoce do carcinoma prostático, estadiamento da neoplasia, avaliação prognóstica e monitoramento da resposta terapêutica. Nesse contexto, o presente estudo teve como objetivo avaliar as características sociodemográficas, os níveis séricos do PSA, correlacioná-los, identificar os possíveis casos suspeitos de CA de próstata e encaminhar a equipe da Estratégia Saúde da Família para seguimento do tratamento.

Avaliação da terapia medicamentosa em hipertensos do distrito de Galante-PB

Orientadora: Prof. Dr. Harley da Silva Alves.

Petiano envolvido: Gustavo Pereira de Souto.

        O tratamento medicamentoso é indicado para hipertensos que não conseguem ter resultados somente com as mudanças no estilo de vida. No entanto, poucos deles conseguem o controle ideal da pressão arterial (PA) com um único agente terapêutico e, muitas vezes, faz-se necessário a terapia combinada, principalmente em indivíduos idosos e com co-morbidades relevantes. Sendo assim, é muito comum encontrar pacientes que usam vários anti-hipertensivos. Essa polimedicação está associada ao aumento do risco e da gravidade das reações adversas a medicamentos, de ocasionar interações medicamentosas, de causar toxicidade cumulativa, de acarretar erros de medicação, de reduzir a adesão ao tratamento e de elevar a morbimortalidade.  

        Tendo conhecimento disso, é necessária a busca constante pelo conhecimento destas classes de fármacos, particularmente em relação às interações entre elas, visando garantir o uso racional de medicamentos, para assim evitar gastos excessivos com múltiplos medicamentos e prevenir internações desnecessárias, assegurando boa qualidade de vida aos pacientes. Sendo assim, este estudo teve como objetivo avaliar a terapia medicamentosa dos usuários hipertensos cadastrados no HIPERDIA na Unidade Básica de Saúde da Família Galante II, em Campina Grande - PB.